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5/09/2018

DESESTRESSAR: Estudantes lêem para animais que vivem no zoológico de Ipatinga

Qualquer movimento e ação a favor dos animais, acho formidável, embora no caso iria sugerir música, ao invés de leitura..... Em todo caso, maravilha!!!!! A consciência dos jovens vai se consolidando
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Acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária estão lendo diariamente clássicos da literatura brasileira para uma fêmea de lobo-guará.
A leitura proporciona momento de relaxamento aos humanos e pode ser uma alternativa para acalmar os animais. Em Coronel Fabriciano, acadêmicos de Ciências Biológicas e Medicina Veterinária estão realizando um projeto de leitura diária para uma fêmea de logo-guará, que vive no Centro de Biodiversidade da Usipa (Cebus), em Ipatinga. O animal que recebeu o nome de Lobinha chegou ao local em agosto de 2017.

O objetivo é reduzir o estresse do animal no momento em que os funcionários estão dentro do cativeiro realizando alimentação, medicação e a limpeza do ambiente. “A ideia é fazer com que os animais silvestres se acostumem com a presença de uma pessoa junto deles no cativeiro. Isso facilita na hora de ir medicar e alimentar. No caso da Lobinha isso será muito positivo, uma vez que ela já tem noves anos, está mais velha e precisa com mais frequência de cuidados, o que requer a companhia de funcionários diariamente”, explicou a bióloga Cláudia Diniz que trabalha no Centro de Biodiversidade da Usipa.

Os alunos fazem leitura de clássicos da literatura brasileira e em seguida é feita uma espécie de resenha, com o resumo sobre a obra. O processo completo de condicionamento do animal deve ser concluído em fevereiro de 2019. “O comportamento da Lobinha normalmente é o mesmo quando estamos dentro do recinto, ela fica nervosa nos primeiros minutos e fazendo o mesmo trajeto a todo momento. Depois, ela se acalma e deita para ouvir as histórias”, disse o estudante Wellerson Martins Souza, do sétimo período de ciências biológicas.

O estudante ainda explica que eles também fazem um trabalho com os funcionários do Cebus, que cuidam dos animais diariamente. “O estresse em animais silvestres pode levá-los ao óbito. Por isso é tão importante trabalhar o condicionamento para que o bicho acostume com a voz das pessoas e passa ver o tratador com bons olhos”.

A bióloga do Cebus, Cláudia Diniz, conta que o projeto dos alunos é semelhante ao adestramento de animais domésticos, onde os bichos são recompensados com o que mais gostam quando repetem o comportamento esperado, como sentar, deitar ou dar a pata. “No caso do animal silvestre em cativeiro, ele aprende a abrir a boca para exame dos dentes, a entrar na gaiola para receber medicação e é recompensado com o que mais gosta: petiscos, carinho ou conversa no recinto”.

Ela explica que nesta primeira fase do projeto as leituras têm como objetivo fazer com que a Lobinha se acostume com presença e a voz dos alunos e tratadores no local. A fêmea de lobo-guará é o primeiro animal a participar do projeto. “A medida que o projeto da leitura for evoluindo, os trabalhos com a Lobinha também vão sendo intensificado. Vamos passar a ensiná-la a lidar com bastão, momento em que ela apreende a tocar o focinho no objeto e também a entrar e sair da gaiola. Depois de finalizar com a Lobinha, vamos introduzir o projeto com outros animais”, finalizou a bióloga.

Lobo-guará
Lobinha nasceu em 17 de agosto de 2008, no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) da Universidade Federal de Viçosa (MG). Enquanto esteve na faculdade, ela passou por um período de condicionamento e era premiada com petiscos, a recompensa favorita dela. Após mudanças na designação do Cetas, Lobinha foi transferida em agosto de 2017, para o Cebus em Ipatinga. Ela é da espécie Chrysocyon brachyurus e é considerada mansa, pois nasceu e foi criada em cativeiro.

FONTE: G1

2 comentários:

  1. Eu também faria com música, Sheila, em vez de ler, eu cantaria para os animais, porque o objetivo aí é fazer o bichinho se acostumar com o que é humano, e a voz é perfeita para isso. Mas a iniciativa é muito bacana.

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  2. Eu canto baixinho e suave para os animais que acabaram de chegar de maus tratos e estão muito bravos ou com muito medo, aos poucos vou interagindo até eles perceberem que estou ali pra ajudar.
    Cá entre nós, se já é preciso paciência para com um animal doméstico, dependendo do animal selvagem é preciso muito mais. Essa gente está de parabéns.

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