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4/14/2018

De onde vem o mito de que a Índia é um país vegetariano

Noutro dia comentamos a respeito disto aqui no blog.... Na Índia tem um monte de crueldade com os animais especialmente com os elefantes....
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Quais são os mitos e estereótipos mais comuns sobre os hábitos alimentares dos indianos? O principal, é claro, é que a Índia é um país majoritariamente vegetariano. Mas não é assim na realidade.

Estimativas informais feitas no passado apontavam que mais de um terço da população do país era vegetariana. Três pesquisas do governo indicam que esse índice varia entre 23% e 37%.

Por si só, isso não é muito revelador. No entanto, um novo estudo do antropólogo Balmurli Natrajan e do economista Suraj Jacob indica que mesmo esses resultados são inflados por conta de pressões "culturais e políticas", o que faz com que algumas pessoas não informem que comem carne, especialmente a bovina, e digam consumir mais comida vegetariana do que de fato o fazem.

Hindus, que são 80% da população, são grandes consumidores de carne. Mesmo entre as castas mais altas e privilegiadas da sociedade indiana, só um terço são vegetarianos.

Os dados do governo mostram que residências consideradas vegetarianas têm uma renda e consumo maior - são mais ricas do que as residências em que se come carne. As castas mais baixas, dalits (antes conhecidos também como "intocáveis") e tribos consomem principalmente carne.

As cidades mais vegetarianas da Índia
   * Indore: 49%
   * Meerut: 36%
   * Nova Déli: 30%
   * Nagpur: 22%
   * Mumbai: 18%
   * Hyderabad: 11%
   * Chennai: 6%
   * Kolkata: 4%
(Percentual da população que se identifica como vegetariano. Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde da Família)

Os pequisadores Natrajan e Jacob apontam que o consumo de carne bovina no país, onde a maioria hindu da população considera a vaca um animal sagrado, é mais alto do que muitos imaginam.

Ao menos 7% dos indianos consomem esse tipo de carne, de acordo com pesquisas do governo. Mas há evidências de que os dados oficiais sofrem de um problema sério de subnotificação, porque a carne bovina foi "envolvida em conflitos de identidade étnica, cultural e política" na Índia.

O partido do presidente Narendra Modi, o nacionalista BJP, promove o vegetarianismo e acredita que bois e vacas devem ser protegidos. Mais de uma dezena de Estados já vetaram seu abate. E, durante o mandato de Modi, grupos de defesa destes animais já mataram pessoas que transportavam gado e saíram impunes.

A verdade é que milhões de indianos, inclusive dalits, muçulmanos e cristãos, consomem carne bovina, Cerca de 70 comunidades do Estado de Kerala, por exemplo, preferem a carne de vaca à de bode, que é mais cara.

Natrajan e Jacob concluíram que, na realidade, ao redor de 15% dos indianos, ou cerca de 180 milhões de pessoas, comem carne bovina. Isso é 96% mais do que as estimativas oficiais.

E há os estereótipos da comida indiana. A capital, Nova Déli, onde se estima que um terço da população seja vegetariana, tem merecidamente a fama de ser a capital do frango murgh makhani, um prato feito com um molho curry levemente apimentado.

Mas o estereótipo da cidade de Chennai como o eixo central de pratos vegetarianos do sul da Índia é um equívoco. Apenas 6% dos moradores são vegetarianos, aponta uma pesquisa. Por outro lado, muitos continuam a acreditar que o Estado de Punjab, no norte, reúne muitos "fãs de frango", mas a verdade é que 75% dos seus residentes são vegetarianos.

Então, como o mito de que a Índia é um país vegetariano se popularizou tanto?
Natrajan e Jacob dizem que a sociedade indiana é "muito diversa, com hábitos alimentares e tipos de culinária mudando a cada poucos quilômetros e dentro de um mesmo grupo social". Nesse contexto, as generalizações e estereótipos são um fruto das estruturas de poder. "A comida consumida pelos poderosos acaba sendo representada como a comida consumida pelo povo."

"O termo 'não vegetariano' é um bom exemplo. Isso sinaliza o poder das classes vegetarianas, inclusive seu poder de classificar comidas, criar uma 'hierarquia alimentar' em que a comida vegetariana é o padrão, e isso confere um status maior do que comer carne. O mesmo ocorre com o termo 'não branco' cunhado por brancos para retratar a enorme diversidade das populações que colonizaram."

Migração
Em segundo lugar, explicam os pesquisadores, alguns estereótipos derivam de movimentos migratórios. Quando indianos do sul vão para o norte e o centro da Índia, sua comida passa a representar toda a culinária sulista. Isso também é verdade para indianos do norte que migram para outras partes do país.

Finalmente, alguns estereótipos são perpetuados por forasteiros - indianos do norte criam uma ideia sobre os indianos do sul ao conhecerem apenas alguns deles, sem pensar na diversidade desta região, e vice-versa. A mídia estrangeira, dizem os pesquisadores, também é cúmplice disso "ao buscar identificar grupos sociais por meio de algumas poucas características essenciais".

O estudo de Natrajan e Jacob também destaca a diferença de hábitos alimentares entre homens e mulheres. Mais mulheres, por exemplo, se declaram vegetarianas.

Os pesquisadores dizem que isso pode ser explicado em parte pelo fato de mais homens comerem fora de casa e "com uma maior impunidade moral do que as mulheres", mesmo que comer fora não seja por si só algo que leve alguém a consumir carne.

O patriarcado e a política podem ter alguma coisa a ver com isso. "O peso de manter a transição do vegetarianismo recai desproporcionalmente sobre as mulheres", dizem Natrajan e Jacob.

Casais declaram consumir carne em 65% das residências pesquisadas - vegetarianos são 20%. Mas, em 12% dos casos, quem consumia carne era o marido, a mulher era vegetariana. Só em 3% ocorreu o inverso.

Claramente, a maioria dos indianos consome carne de alguma forma - principalmente de frango e de carneiro -, regularmente ou ocasionalmente, e consumir comida vegetariana não é algo praticado pela maioria.

Então, por que o vegetarianismo tem uma influência tão grande sobre as representações da Índia e de indianos ao redor do mundo? Teria isso a ver com um "policiamento" das escolhas alimentares e a perpetuação de estereótipos em uma sociedade tão complexa e multicultural?

FONTE: Uol

12/26/2017

Voluntária vai até santuário para ajudar animais quando descobre que era tudo mentira

Isto é muito bom ficarmos sabendo.... olha o lado obscuro da proteção aos animais.... Olho vivo!!!! por aqui no Brasil, também, tem disto, viu? digo no sentido de objetivos obscuros...
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Alexandra Lamontagne sempre teve paixão por animais e por ajudá-los de qualquer maneira. Exatamente por isso que ela decidiu se voluntariar em um santuário de animais na África do Sul.

Quando foi pela primeira vez ao local, foi dito a Alexandra que ela seria responsável pelos macacos, mas não foi bem isso que aconteceu. Ao invés de cuidar apenas dos primatas, ela teve que enfrentar cinco filhotes de leão.

Mesmo com medo, Alexandra decidiu tomar o controle da situação e cuidar daqueles pequenos felinos. Entretanto, quando perguntou ao trabalhadores do santuário de onde aqueles animais haviam sido retirados, eles se recusaram a responder.


Disseram que não dariam nenhuma informação sobre os filhotes afirmando que a única coisa que poderia falar é que todos iriam para um zoológico na Dinamarca. Sendo assim, a voluntária decidiu continuar cuidando dos animais normalmente até chegar sua hora de voltar para casa.

Quando voltou, descobriu a verdade: era tudo mentira. Tudo o que contaram a ela e tudo pelo que ela trabalhou e se dedicou não era verdade. Tudo começou quando um empregado do santuário mandou uma mensagem a ela dizendo que Serabie, a menor filhote de leão, não iria para um zoológico.


Em vez disso, a pequena seria enviada para uma fazenda de caça. O local cria leões, leva os filhotes de suas mães e os envia para serem criados por voluntários clandestinos. Uma vez que os filhotes crescem, eles são enviados de volta para a fazenda de caça, onde são colocados em uma área cercada. A partir daí, os caçadores podem matá-los.

Depois de descobrir isso, Alexandra sabia que não podia permitir que isso acontecesse com Serabie. Ela decidiu se mexer e arrecadar dinheiro para voltar para a África. Assim que conseguiu voltar ao santuário, fez um acordo com a fazenda de caça e resgatou Serabie.


Assim, a voluntário pôde levar a leãozinha a um local seguro. Encontrou o santuário Emoya Big Cat Sanctuary, também na África do Sul. Agora, a pequena não corre o risco de ser caçada e vive uma vida segura e feliz com outros três leões.

Alexandra dedicou sua vida a isso e a salvar esses animais. É por pessoas iguais a ela que ainda temos esperança em um mundo mais justo.

FONTE: bestofweb

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